quinta-feira, 19 de julho de 2007

Homônimos das vítimas do acidente aéreo recebem condolências

“Não fui eu que morri...estou viva e muito bem graças a Deus”, diz Eliane Dornelles em sua página de recados do site de relacionamentos Orkut.
Eliane passou a receber mensagens para que descanse em paz após o acidente do Vôo JJ 3054 da TAM ocorrido na noite de terça-feira em São Paulo. Porém, ela está viva e a única semelhança com a vítima do acidente é o nome. O fato de morar no Rio Grande do Sul faz com que as pessoas achem que ela é a vítima. A Eliane Dornelles que estava no vôo era empresária de 33 anos, casada e mãe de dois filhos.

A mesma confusão ocorreu com outras pessoas que moram no Estado, de onde decolou o vôo, e que têm nomes idênticos aos dos passageiros. Foi o caso de Thais Scott, 18, que teve que colocar uma mensagem em sua página principal do site de relacionamento. “Pessoal não fui eu que morri, não sei o que aconteceu mas estou bem viva graças a Deus, lamento as famílias das vítimas, mas felizmente estou bem! valeu o carinho de todos mesmo assim!!(desculpem não ter respondido antes pois eu estava trabalhando)”, conclui. A confusão em torno da Thais virou capa do jornal “Agora” de Rio Grande, cidade que a jovem mora.
As mensagens enviadas às pessoas supostamente mortas por si só causam espanto. Porém, em alguns casos estão mandando mensagens aos amigos dessas “vítimas” com as mesmas condolências. “meus pêsames pela sua amiga; que Deus te abençoe, te ilumine e te dê forças nessa hora”, diz um dos recados sobre a morte de Ana Carolina Cunha, 24, deixado à uma amiga da vítima. Mas a Ana que morreu no acidente era uma criança com apenas 10 anos. Como os recados continuam elas estão adotando ao sobrenome a seguinte inscrição: “Eu Estou Viva”.